quarta-feira, 30 de junho de 2010

Terça-feira é dia de começar a se exercitar!

Estava tudo pronto. Já tinha vestido meu maiô que há 7 anos estava guardado no armário, desde o tempo em que eu fazia aulas de natação. Mas quando cheguei na minha mais nova empreitada rumo a uma vida saudável, não imaginava que fosse tão difícil.

Fui incentivada pela minha mãe, que mudou de vida depois que começou a dar os pulinhos dentro d água. E lá fui eu seguir a nova religião dela e de suas amigas: a hidroginástica. “Coisa de velha”, vocês devem estar pensando. Pois a única velha que tinha ontem lá na academia era eu.

Acredito que pela idade eu era a mais jovem no recinto. Só de idade, porque em apenas dois minutos eu percebi que meu estado físico era muito pior do que minhas colegas.

Já no aquecimento as outras pessoas me olhavam com risinhos simpáticos de apoio do tipo: “é isso aí, logo você ficará bem como nós”. Foi aí que caiu a ficha. Eu estava com o rosto completamente vermelho. Isso é comum em pessoas brancas (veja minha foto ali ao lado), principalmente quando começam a se mexer. Elas deviam achar que eu estava morrendo, ia enfartar, pedir pra sair... Mas, a não ser que tivesse um professor muito gato que eu conheço, eu não me renderia à respiração boca-a-boca.

Eu estava decidida, não iria me entregar! Sentia meu corpo esquentar e minha cabeça suar - e a temperatura não estava nem morna. A pressão na cabeça começou a incomodar – um dos motivos de eu ter abandonado a academia há cinco meses. Eu respirei fundo, olhei para a minha mãe e ela, como de costume, aproveitava para corrigir meus passos. Antigamente era eu quem dava as dicas para se exercitar, mas o feitiço havia virado contra o feiticeiro.

Quando eu pensei que já havia pagado pelo pecado da gula dos últimos meses a professora avisou para irmos para a barra ao lado da piscina. Achei que era a hora do alongamento. Péssimo engano! Mais exercícios e mais rápido. A “prof” não perdoava nem as mais idosas – como eu. Quando eu já estava anestesiada de cansaço surgiu uma luz: hora do relaxamento. Era um verdadeiro milagre. Eu sobrevivi!

No banheiro aquela mulherada pelada trocando de roupa. Ótimo, quem foi mesmo que me convidou? Mas preciso admitir que muitas delas, na faixa dos 50 anos, tinham o corpo em ótima forma. Parece que celulite é algo que só pertence à geração coca-cola. É o fim dos tempos! Muita injustiça por parte da natureza...

Eu queria perguntar o segredo para isso, mas fiquei com vergonha de parecer debochada ou elas me responderem: “Pitanguy querida!”. Prefiro acreditar que aos 20 e poucos anos elas resolveram mudar de vida e hoje colhem os resultados de tanto esforço.

Apesar da enxaqueca e da dor na panturrilha, eu não desisto assim tão fácil meu amor das coisas que eu quero fazer e ainda não fiz lálálá. Hoje até comprei um maiô novo. Se eu não voltar a postar, vocês já sabem o que aconteceu...