Eu acordo de mau humor, agradeço a Deus por mais um dia, viro para o lado e durmo mais um pouco. Detesto dias frios, exceto quando há filme e pipoca como consolação. Sou mais feliz quando vejo o mar, se termino um texto ou na sexta-feira a noite. Prezo pela liberdade acima de tudo, mas cuido para que ela não faça muito barulho quando estiver sozinha. Tenho emoções afloradas: quando gosto é um exagero, quando me decepciono, jogo no lixo.
Meus pés estão sempre no chão quando preciso de um rumo certo. Tento manter o equilíbrio do corpo e da mente, mas também me sinto bem quando jogo tudo para o alto e deixo que a vida faça o que quiser de mim. Detesto preconceitos e mudo minhas idéias à medida que cresço, me informo, aprendo e aprecio as diferenças. Tenho boa auto-estima, mas tem coisas que estragam cinco minutos do meu dia (e às vezes podem levar outros cinco para me fazer sorrir de novo).
Tenho o dom de ouvir, de esquecer, de levantar a cabeça e de deixar que o tempo trate de curar as mágoas. Sinto saudade de tudo o que me faz bem. Não discuto com quem me fez mal: me afasto. Não gosto de superficialidade. Falo sozinha, penso muito antes de dormir e me expresso melhor com palavras. As coisas nunca estão boas o suficiente. Sou exageradamente auto-crítica, tenho muito sono e vício por doces. Gosto de histórias, de versos, de cenas, de tudo o que permite a imaginação. Sou romântica, mas não gosto de conto de fadas e sim de aventuras.
Derramo algumas lágrimas, falo muita besteira, preciso ficar sozinha, preciso de alguém para desabafar. Sei exatamente que anjos do céu e da terra eu posso confiar. Não desejo a felicidade eterna e nem a procuro pelos cantos. Estar feliz é uma questão de escolha e um privilégio, o que vier é lucro. Gosto de coisas, momentos e pessoas simples. Tudo o que é natural, sincero, harmonioso e divertido. Preciso viver intensamente para saber que está valendo a pena levantar da cama de manhã mais uma vez. Gosto, acima de tudo, de ser livre e a cada dia ter uma surpresa para quebrar a monotonia.
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